E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? Perguntou o principezinho.
Tu és bem bonita.
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o príncipe, estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa.
Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- O que quer dizer cativar?
Ninguém entende como é difícil para uma raposa de uma só vez se encanta pelo primeiro príncipe que encontra. Tudo bem que logo de primeira vemos que é um ótimo rapaz e de uma integridade e inteligência sem medições. Porém era necessário sim criar os nossos laços.
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa.
Significa criar laços...
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos.
E eu não tenho necessidade de ti.
E tu não tens necessidade de mim.
Significa criar laços...
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos.
E eu não tenho necessidade de ti.
E tu não tens necessidade de mim.
Por mais que me parecesse diferente de todos os garotos que já vi, eu ainda não necessitava dele e nem muito menos de sua amizade. Aquele jovem príncipe não era mesmo do meu mundo e eu não sabia se podia confiar nele. No entanto eu precisava ser única ou pelo menos assim me sentir. E o Pequeno Príncipe me pareceu ideal.
E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento do trigo...
A raposa então calou-se e considerou muito tempo o príncipe:
- Por favor, cativa-me! disse ela.
A raposa então calou-se e considerou muito tempo o príncipe:
- Por favor, cativa-me! disse ela.
Era jovem, mas experiente eu pude me encantar por aquele pequeno. Mesmo me submetendo a loucura de ser desapontada fui com tudo nessa jornada. Mas como tudo...
Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não te queria fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Quis, disse a raposa.
- Mas tu vais chorar! disse o principezinho.
- Vou, disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada.
- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.
- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não te queria fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Quis, disse a raposa.
- Mas tu vais chorar! disse o principezinho.
- Vou, disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada.
- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.
É eu sabia que tinha que me deixar, mas agora eu sou única para ele, e ele é único para mim. Agora a cor dos trigos, e o vento passando entre eles podem matar a saudade que sinto dele. Eu chorei e chorei muito, na verdade ainda choro, mas eu sei que ele deve está seguro em algum lugar.
J.A. de Jesus
Eu aqui hehehhehehehhehe
ResponderExcluirnão sei como você consegue desenvolver essas histórias eu só faço coisinha pequena hehehehe.Tá muito legal me deu empatia esse texto.
Mudei de blog viu...> http://lss.orgfree.com