segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Estou cheio

Cheio de lábios macios e línguas venenosas.
Cheio de braços quentinhos e punhos ardentes.
Estou cheio dessa hipocrisia e de tantas mentiras.
Diga que me odeia,
confesse que não me suporta.
Sei que sou deveras irritante, então não precisará mais tentar me enganar.
Não quero beijos quando eu erro
e nem suas desculpas quando fui eu quem pisou o seu pé.
O seu falso carinho não me fará falta
e dessa amarga amizade não sentirei nenhum pouco de saudades.
Pois já descobrir que não gostas de mim,
logo não preciso do seu medo de ser sincero.
Preciso ouvir de ti o quanto sou insuportável, o quanto sou detestável,
diga-me os meus defeitos.
Diga as minhas falhas, eu realmente preciso de sua sinceridade.
Pois estou cheio de pessoas que "me amam" me negando,
e me abraçam me apunhalando.
Foi por isso que o poeta disse:
"Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!"

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