Fazendo e desfazendo amizades
A
minha amiga estava feliz com seu namorado, e eu continuava sem saber quem era –
kkkkkkkkk. Não sou uma amiga ruim, mas o que posso fazer se ela não me
apresentava os namorados dela, minhas “amigas” eram assim. Só me procurava
quando a situação estava difícil. Mas, até que no dia do aniversário do Marcos,
ela me apresentou a ele e fez questão que o desse os parabéns. E como sou bem
extrovertida fui logo brincando com ele e dizendo: ficou velho em... Já posso
vê os cabelos brancos. Então tive a infeliz idéia de chamá-lo de: “meu avô”. A
partir daí criamos uma amizade muito legal. Na sala que eu estudava a varanda
era virada para entrada da escola, logo era possível ver quem entrava e saia, e
comecei a ficar ali só esperando o Marcos chegar, quando eu o via chamava
minhas colegas e gritávamos:
–
Meu avô, ô meu avô, olha o cabelo branco...
Nós
riamos tanto e ele começou a me chamar de neta e ficamos cada vez mais amigos.
–
Ah! Eu já vou terminar com ele mesmo...
Por
mais errado que ele tivesse sido com ela antes, puxa! Ela não havia acreditado na
inocência do garoto? Isso era vingança ou era tão errada quanto ele? Depois
disso fiquei mesmo chateada com ela e nunca mais tivemos uma amizade legal. Não
porque achava que o Marcos não merecia, no entanto ela me pareceu mais errada
do que ele. Afinal de contas era uma brincadeira e não era de fato obrigada a
fazer isso.
Ela
terminou mesmo com ele, isso pelo menos foi legal. Acho que ele soube do que
ela tinha feito, mas mesmo assim ele continuou colega dela numa boa. Achei isso
interessante e decidir por conhecê-lo melhor. O Marcos era muito divertido,
falava muita besteira e eu gostava de conversar com ele, apenas para rir. Nós
dois juntos só saia brincadeiras e risadas.
Minha vida ficou nessa
o ano todo, Abel tentando me conquistar e o Marcos sendo um amigo divertido.
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