sexta-feira, 4 de maio de 2012

Sem Começo e se Fim - Capitulo II

Uma inexperiente aconselhando
 

Certa vez uma colega minha me procurou, chorando e disse:
 – Ângela, eu acho que meu namorado está me traindo e eu não sei se termino com ele. Diz ele que é tudo mentira e que não faria isso comigo, mas não acredito nele. As outras meninas pediram para esquecer isso, deixar pra lá. O que faço?
Tadinha pediu conselho a pessoa errada. Nunca tinha me apaixonado, muito menos beijado, quanto mais namorado. Diante daquele momento de raiva disse:
– Largue de ser besta menina, ficar sofrendo por um cara que nem te ama de verdade, termine com ele. Pois, esse sem vergonha não te merece.
Eu estava com tanta raiva daquilo, e eu não entendia porque era tão difícil para ela pôr fim naquilo tudo. Conversei muito com ela, no entanto não conseguir convencê-la.
 – Ângela, decidi que não vou terminar com ele, era a sem vergonha da menina que ficava dando em cima do garoto. Ele é inocente nessa história.
Mas eu me mordi de raiva por dentro
 – Você é quem sabe... Se confia nele, então tudo bem. Mas quem é esse mesmo?
     – Puxa! Ângela eu não acredito que não conhece. É Marcos da 7ª C.
 – Eu não faço idéia de quem seja – rir.
 – Não acredito! – riu também – É um moreno, cabelo liso e castanho.
     – Já disse que não faço idéia, não conheço muito bem o povo daquela sala.
     – Então depois te apresento.
 – Ok – sair de perto com tanta raiva, pois eu nunca engolir bem traições muito menos traições perdoadas.
E enquanto isso o Abel me rodeava, já estava ficando preocupada, não queria ter um apaixonado no meu caminho. Viviam insistindo para ter meu telefone, mas é nunca que eu iria dar o meu número para ele! Talvez isso te pareça estranho, no entanto há algum tempo atrás essa questão de meninos ligando para suas filhinhas era muito difícil para os pais e para mim era vergonhoso. Foi quando o Gabriel deu meu número para ele. Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa! Desculpe-me, só queria que entendesse meu desespero.
– Ângela tem uma amiga sua aqui na linha querendo falar com você – disse meu irmão, ah! Foi isso mesmo que você entendeu: amigA.
– Alô!
– Alô!
Ouço uma voz fina, porém conhecida. Descobrir logo quem era:
– Fala sério! Eu não acredito.
 – Sabe quem está falando? – continuou a farsa.
– Claro que sei quem é. Eu não acredito que o Gabriel te deu meu número, e por que você ligou para mim?
– Me desculpe vossa realeza – iniciou a ironia – não sabia que precisava de sua permissão. Devo me ajoelhar a seus pés?
– Deve sim, e claro que precisava da minha permissão – eu odiava ele, eu odiava o Gabriel.
– Já estou me ajoelhando, posso ao menos saber como você está?
– Agora estou péssima, mas já estou desligando. Tchau!
– Ok, desculpe-me – um tom mais preocupado – tchau!
Pensei que nunca mais iria me procurar, mas me enganei ele continuou a me procurar e eu comecei a não evitá-lo tanto, no fundo eu achava que ele era uma pessoa legal, porque ele era mesmo. E também estava começando a gostar de cortejada.

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